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Brasília - Após dois anos de embargo europeu ao mel brasileiro, o setor comemora a publicação oficial, por parte da União Européia, da decisão 222/2008 que aprova o Plano Nacional de Resíduos e Contaminantes (PNCRC).
Trata-se do reconhecimento de que o programa brasileiro é equivalente ao europeu no que diz respeito ao controle e monitoramento de substâncias no mel.
Foi por conta da reprovação desse sistema de controle de resíduos, em 2005, que o Brasil sofreu o embargo europeu, decretado desde março de 2006.
A aprovação do plano foi publicada na sexta-feira (14) no diário da oficial da União Européia.Nesse período da decretação do embargo, o setor apícola brasileiro se manteve articulado para cumprir com as exigências da União Européia.
Antes do embargo, a venda de mel para o bloco gerava uma receita de US$ 15 milhões para o setor apícola nacional. Com a suspensão da venda para a Europa, os Estados Unidos da América se tornaram o principal comprador do mel brasileiro.
"O fim do embargo traz mais entusiasmo para o apicultor, pois o mercado europeu paga melhor pelo produto brasileiro", destaca o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Cunha. Segundo ele, a cadeia produtiva reconhece a necessidade da implantação de boas práticas e está empenhada em se adequar às demais exigências dos mercados externos.
Um novo desafio para o setor apícola é a implantação das Boas Práticas e do Sistema HACCP/APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) nos entrepostos e casas de mel.
O objetivo é atender às novas exigências para a exportação do mel para a Europa”, explica o coordenador dos projetos de apicultura do Sebrae Nacional, Reginaldo Resende. Essas novas exigências estão presentes nos regulamentos 852, 853 e 854/2004 do Parlamento e do Conselho Europeu.
Atualmente existem no Brasil cerca de 60 entrepostos de mel registrados sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF), aptos a exportar para os países da UE. Estes estabelecimentos estão nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Fique de olho na saúde!
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