Gotinhas Inofensivas
professor Cláudio Lima
19 Dez 2009 - 17h02min
19 Dez 2009 - 17h02min
O mercado ``livre de açúcar`` (sugar free) está cada vez mais forte. Seja por causa do diabetes ou por causa da geração saúde. O prejuízo que o açúcar faz ao organismo humano fez com que, nos últimos tempos, muitas pessoas passassem a consumir os substitutos do açúcar, os chamados adoçantes. O fato é que ninguém quer mais comer açúcar ou, pelo menos, não tanto quanto se comia antigamente.
Mesmo as pessoas saudáveis estão colocando aquelas gotinhas aparentemente ``inofensivas`` no cafezinho diário em substituição ao açúcar. Um dos adoçantes mais consumidos e mais conhecidos em todo o planeta é o aspartame. Ele possui baixa caloria, sendo aproximadamente 200 vezes mais doce que a sacarose. Seu sabor é agradável, semelhante ao do açúcar de mesa e não é cariogênico, ou seja, não provoca cárie.
É consumido por mais de 200 milhões de pessoas no mundo e está presente na composição de milhares de produtos, incluindo refrigerantes, sucos industrializados, refrescos em pó, gomas de mascar, gelatinas, pudins, produtos dietéticos, iogurtes e alguns produtos farmacêuticos.
Algumas instituições e pesquisadores em todo o mundo afirmam que o aspartame não é prejudicial ao organismo e incentivam o seu consumo. Outros cientistas, porém, tem demonstrado preocupação com os seus efeitos negativos sobre a saúde humana. O Aspartame é constituído por fenilalanina (50%), ácido aspártico (40%) e metanol (10%). Destes componentes, tanto a fenilalanina como o ácido aspártico atuam como neurotransmissores estimulantes do sistema nervoso central. Já o metanol, no organismo é transformado em íon formato que, tanto pode ser excretado, quanto ser transformado em formaldeído, ou em dicetopiperazina, um agente carcinogênico,ou em outras substâncias tóxicas
Cientistas do centro de pesquisas sobre o câncer - Cesare Maltoni Cancer Research Center, na Itália, divulgaram estudos em que descreveram que o consumo de aspartame, na dieta, provocou maior incidência de diversos tipos de tumores malignos em animais de laboratório. Os tumores surgiram mesmo com doses diárias de aspartame de 20 miligramas por quilo corporal ao dia que é
menor do que a quantidade que os órgãos de controle dos Estados Unidos (FDA) e da União Européia estabeleceram como limite seguro para o consumo diário do aspartame, respectivamente, de 50 e 40 miligramas por quilograma de peso corporal ao dia. Os autores concluíram que o consumo de aspartame pode representar risco à saúde, devido à sua contribuição à reação do formaldeído com componentes celulares.
Problemas Neurológicos e Mentais
> O consumo de aspartame pode causar distúrbios neurológicos e de comportamento, como dores de cabeça, insônia e tonturas. Tais efeitos podem estar associados a mudanças nas concentrações de alguns neurotransmissores presentes em determinadas regiões do cérebro (dopamina, a norepinefrina e a epinefrina).
> Um estudo divulgado em 2008 concluiu que o consumo excessivo de aspartame pode estar envolvido na patogênese de algumas desordens mentais, além de afetar o aprendizado e o equilíbrio emocional.
> Outro mostrou que pessoas com quadro de depressão foram intensamente afetadas, levando-os a concluir que pacientes depressivos devem ser desencorajados a consumir este adoçante.
> Portanto o consumo de aspartame é potencialmente prejudicial à sua saúde, tornando iminente o risco de problemas neurológicos e mentais, e por câncer.
> Na dúvida, é melhor não expor as nossas famílias ao perigo.
>> Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos e autor de três livros na área de higiene e qualidade de alimentos.claudiolima@opovo.com.br
Mesmo as pessoas saudáveis estão colocando aquelas gotinhas aparentemente ``inofensivas`` no cafezinho diário em substituição ao açúcar. Um dos adoçantes mais consumidos e mais conhecidos em todo o planeta é o aspartame. Ele possui baixa caloria, sendo aproximadamente 200 vezes mais doce que a sacarose. Seu sabor é agradável, semelhante ao do açúcar de mesa e não é cariogênico, ou seja, não provoca cárie.
É consumido por mais de 200 milhões de pessoas no mundo e está presente na composição de milhares de produtos, incluindo refrigerantes, sucos industrializados, refrescos em pó, gomas de mascar, gelatinas, pudins, produtos dietéticos, iogurtes e alguns produtos farmacêuticos.
Algumas instituições e pesquisadores em todo o mundo afirmam que o aspartame não é prejudicial ao organismo e incentivam o seu consumo. Outros cientistas, porém, tem demonstrado preocupação com os seus efeitos negativos sobre a saúde humana. O Aspartame é constituído por fenilalanina (50%), ácido aspártico (40%) e metanol (10%). Destes componentes, tanto a fenilalanina como o ácido aspártico atuam como neurotransmissores estimulantes do sistema nervoso central. Já o metanol, no organismo é transformado em íon formato que, tanto pode ser excretado, quanto ser transformado em formaldeído, ou em dicetopiperazina, um agente carcinogênico,ou em outras substâncias tóxicas
Cientistas do centro de pesquisas sobre o câncer - Cesare Maltoni Cancer Research Center, na Itália, divulgaram estudos em que descreveram que o consumo de aspartame, na dieta, provocou maior incidência de diversos tipos de tumores malignos em animais de laboratório. Os tumores surgiram mesmo com doses diárias de aspartame de 20 miligramas por quilo corporal ao dia que é
menor do que a quantidade que os órgãos de controle dos Estados Unidos (FDA) e da União Européia estabeleceram como limite seguro para o consumo diário do aspartame, respectivamente, de 50 e 40 miligramas por quilograma de peso corporal ao dia. Os autores concluíram que o consumo de aspartame pode representar risco à saúde, devido à sua contribuição à reação do formaldeído com componentes celulares.
Problemas Neurológicos e Mentais
> O consumo de aspartame pode causar distúrbios neurológicos e de comportamento, como dores de cabeça, insônia e tonturas. Tais efeitos podem estar associados a mudanças nas concentrações de alguns neurotransmissores presentes em determinadas regiões do cérebro (dopamina, a norepinefrina e a epinefrina).
> Um estudo divulgado em 2008 concluiu que o consumo excessivo de aspartame pode estar envolvido na patogênese de algumas desordens mentais, além de afetar o aprendizado e o equilíbrio emocional.
> Outro mostrou que pessoas com quadro de depressão foram intensamente afetadas, levando-os a concluir que pacientes depressivos devem ser desencorajados a consumir este adoçante.
> Portanto o consumo de aspartame é potencialmente prejudicial à sua saúde, tornando iminente o risco de problemas neurológicos e mentais, e por câncer.
> Na dúvida, é melhor não expor as nossas famílias ao perigo.
>> Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos e autor de três livros na área de higiene e qualidade de alimentos.claudiolima@opovo.com.br