Mais de 50 milhões de litros de óleo de cozinha provenientes de Fortaleza e Região Metropolitana param na rede de esgoto. Estudo da Cagece, em parceria com a UFC, mostra que o óleo pode virar bioóleo e gerar renda a famílias cearenses. Cerca de 52 milhões de litros de óleo de cozinha são jogados, todo ano, na rede de esgoto, o que equivale a 93% do total de óleo gerado na RMF. O volume foi levantado por um estudo feito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) a pedido da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
A prática de despejar óleo na rede de esgoto ocasiona constantes obstruções, provoca a formação de detritos sólidos e incrustação nas paredes da tubulação, aumenta do risco de poluição de cursos de água e eleva o custo final no tratamento dos efluentes. Para resolver esses problemas, a Cagece e a UFC estão estudando o
aproveitamento de óleo de cozinha como matéria-prima para a geração de biocombustível alternativo. Pelo projeto, o óleo residual de fritura seria separado por filtragem para retirar as impurezas e misturado a óleos
provenientes da agricultura familiar na Usina de BioDiesel de Quixadá, distante 167 km de Fortaleza. Com o óleo de fritura jogado hoje no esgoto seria possível suprir e complementar em mais de 50% a necessidade atual de insumos da Usina. A unidade de Quixadá pode processar até 108 milhões litros de biodiesel por ano, mas trabalha com capacidade ociosa por falta de matéria-prima. Além de diminuir os problemas na rede de esgoto, a ação resolveria problemas ambientais e ainda iria gerar renda a famílias cearenses.
aproveitamento de óleo de cozinha como matéria-prima para a geração de biocombustível alternativo. Pelo projeto, o óleo residual de fritura seria separado por filtragem para retirar as impurezas e misturado a óleos
provenientes da agricultura familiar na Usina de BioDiesel de Quixadá, distante 167 km de Fortaleza. Com o óleo de fritura jogado hoje no esgoto seria possível suprir e complementar em mais de 50% a necessidade atual de insumos da Usina. A unidade de Quixadá pode processar até 108 milhões litros de biodiesel por ano, mas trabalha com capacidade ociosa por falta de matéria-prima. Além de diminuir os problemas na rede de esgoto, a ação resolveria problemas ambientais e ainda iria gerar renda a famílias cearenses.
Segundo o estudo da Cagece, é possível obter até 4,7 milhões de litros de óleo por mês na Região Metropolitana de Fortaleza, 65% destes só no município de Fortaleza. Se vendido, o óleo tratado produzido na RMF poderia movimentar até R$ 9 milhões por ano. Os resultados da análise, coordenado pelo professor Bosco Arruda, indicam que mais de 46% do óleo gerado em residências em Fortaleza são jogados no esgoto contra 18% da área comercial. A maior concentração da geração de óleo por mês em cozinhas industriais provém dos seguintes bairros: Centro, Meirelles e Aldeota, gerando, respectivamente, 44.162 litros (l), 42.975 l e 14.483 l. No setor residencial, destaca-se a alta produção por mês na Granja Lisboa, com 117.624 l, e Aldeota, com 35.047 l. Já os bairros com maior incidência de direcionamento do óleo residual para o
esgoto são Mondubim, Vila Velha, Barra do Ceará e Jangurussu, destinando, respectivamente, 88.730 l, 38.956 l, 34.971L e 30.051 l à rede de esgoto. Verifica-se então que o setor residencial produz mais óleo que o setor comercial, necessitando de um extenso trabalho de educação ambiental e de políticas de incentivo ao bom direcionamento do óleo residual. Segundo a Cagece, uma das formas mais viáveis e eficazes de
disponibilizar os volumes de óleo, para evitar a degradação do meio ambiente, é criar bônus em contas de água dos produtores domiciliares daquele óleo residual. O período de descarte deve ser quinzenal, feito
através de recipientes adequados e acessíveis, como garrafas pet. Para universalizar este procedimento, a Cagece e a UFC estão estudando esquemas de coleta que envolvam associações de catadores, em políticas de
parceria e responsabilidade social. Uma ação de grande impacto pode ser a injunção da Cagece junto às câmaras municipais no âmbito da RMF no sentido de aprovar lei que incentive os cidadãos e empresários a transacionar ou doar o óleo gerado.
Fonte:CAGECE
esgoto são Mondubim, Vila Velha, Barra do Ceará e Jangurussu, destinando, respectivamente, 88.730 l, 38.956 l, 34.971L e 30.051 l à rede de esgoto. Verifica-se então que o setor residencial produz mais óleo que o setor comercial, necessitando de um extenso trabalho de educação ambiental e de políticas de incentivo ao bom direcionamento do óleo residual. Segundo a Cagece, uma das formas mais viáveis e eficazes de
disponibilizar os volumes de óleo, para evitar a degradação do meio ambiente, é criar bônus em contas de água dos produtores domiciliares daquele óleo residual. O período de descarte deve ser quinzenal, feito
através de recipientes adequados e acessíveis, como garrafas pet. Para universalizar este procedimento, a Cagece e a UFC estão estudando esquemas de coleta que envolvam associações de catadores, em políticas de
parceria e responsabilidade social. Uma ação de grande impacto pode ser a injunção da Cagece junto às câmaras municipais no âmbito da RMF no sentido de aprovar lei que incentive os cidadãos e empresários a transacionar ou doar o óleo gerado.
Fonte:CAGECE